sábado, 5 de dezembro de 2009

Às vezes passamos por situações como essa...

“(...) Alguns olhares ternos, meia dúzia de apertos de mão significativos, embora a largos intervalos, davam a entender que o coração de Guiomar – chamava-se Guiomar – não era surdo à paixão do acadêmico. Mas, fora isso, nada mais, ou pouco mais.

O pouco mais foi uma flor (...). Além da flor, e para suprir as cartas, que não havia, nada mais obtivera Estevão durante aqueles seis compridos meses, a não serem os tais olhares, que afinal são olhares, e vão-se com os olhos donde vieram. Era aquilo amor, capricho, passatempo ou que outra cousa era?”

(A Mão e a Luva, Machado de Assis)


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