Eu não consigo escrever,
Não há o que dizer;
Só há o que fazer.
Já não tenho vontade de fazer,
Será isso uma predeterminação?
Quem manda em mim?
Há alguém que diga o que faço?
Ou o que não fazer...
Fazer, mas não poder fazer!
É isso que eu quero ver...
Calamidades, coisas horríveis.
Vida pútrida!
Sei que depois não vou entender...
Ainda bem...
Eu não vou sobreviver.
Porcaria de viver, sem saber
Onde nascer, não temer,
Enfrentar, conquistar, agarrar...
E essa solidão, angústia que não quer calar.
A paixão traz alucinação, que faz crer...
Tudo uma besteira, nada o conquistado.
Louco viver, apaixonante adormecer.
Amante do sonho, da vida, da ida...
É um coração, me foge, sem noção.
Tristeza que sei lá, to nem aí,
Na monotonia, na alegria; nostalgia.
Merda esse sentir, pra nada serve. Não.
Vai tomar no TU... Não te tomes...
Pensar infame, maldição profana,
Amar é pra quem ama, sério?
Droga de dor, odeio você,
Odeio seu jeito, maldita expressão.
Ódio no coração, é o que sinto,
É o que sei...
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